quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PM amplia fiscalização de ambulantes ilegais para 20 bairros e centros comerciais

Operação Delegada emprega 2.512 policiais por dia, em horários de folga. Criminalidade cai até 70% nas regiões policiadas

Sete novas áreas passam a ser atendidas pela Operação Delegada, que amplia de 13 para 20 os pontos estratégicos de combate ao comércio irregular e ilegal em regiões críticas, e estende a ação para a zona leste. Desenvolvida por meio de convênio firmado entre o Governo do Estado, a Polícia Militar, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, a Operação emprega, diariamente, até 2.512 policiais militares em três turnos, em horários de folga. Para se ter uma idéia da importância desta parceria, somente na rua 25 de Março e seu entorno foi constatada queda de 70,56 % nos furtos, 58,95% nos roubos, 66,67% nos furtos de carga e 100% nos roubos de carga, no período de 02 de dezembro a 30 de setembro de 2010, comparado a igual período em 2009.

O plano de trabalho firmado em novembro de 2009 entre PM e Prefeitura, para o patrulhamento de 13 áreas nas regiões central, norte, sul e oeste da Capital, desempenhado diariamente por até 1.270 policiais em seus horários de folga, foi ampliado para 20 áreas, estendendo a ação de combate à zona leste. Com essa ampliação, o número de policiais militares empregados diariamente na Operação Delegada subiu para 2.512 - um aumento de 57% no efetivo. Além do combate ao comércio irregular, a ação policial ajuda a inibir delitos como furtos e roubos nas áreas onde é desenvolvida.

Na manhã da última terça-feira (05), a Operação Delegada foi deflagrada na avenida Paulista - considerada um dos cartões postais de São Paulo, e onde há grande concentração de prédios comerciais, museus, bares e faculdades, e circulação de um número significativo de pessoas. A alameda Santos e a rua São Carlos do Pinhal, no entorno da avenida Paulista, também são alvos da ação. Esta é a primeira das sete novas áreas onde será combatido o comércio ambulante irregular. As outras seis serão implantadas até o final de novembro, de forma gradativa, em São Miguel, São Mateus, Itaim Paulista e Vila Prudente/Sapopemba, todos na zona leste, e no Jabaquara e Ipiranga, na zona sul.

"A avenida Paulista, que terá o reforço de 200 policiais militares, é a sexta área da região central a contar com a Operação Delegada", ressalta o coronel Renato Cerqueira Campos, responsável pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitano 1 (CPA/M-1), que cuida do policiamento na região central da Capital.

O investimento mensal estimado para a gratificação dos 2.512 policiais que trabalham diariamente na Operação Delegada - entre praças (soldados, cabos e sargentos) e oficiais (tenentes e capitães) - é de R$ 6,1 milhões. O convênio firmado entre a PM e a Prefeitura tem duração três anos.

Primeiras operações
Desde dezembro de 2009, 13 áreas das regiões central, sul, norte e oeste são alvos da Operação Delegada. E, em todas, foi constatada queda no índice de criminalidade. Além da rua 25 de Março - que registrou queda expressiva de 100% no índice de roubo de carga, de 70,56% nos furtos, de 66,67% nos furtos de carga, e de 58,95% nos roubos, no período de 02 de dezembro a 30 de setembro de 2010, comparado a igual período de 2009 -, as ruas Florêncio de Abreu, Oriente, José Paulino, Santa Ifigênia, o Centro Velho e o Largo da Concórdia, todas na região central, também viram a criminalidade baixar.

O mesmo ocorreu na Vila Mariana e no Largo 13 de Maio, na zona sul; na rua Voluntários da Pátria e na Casa Verde, na zona norte; e em Pinheiros e na Lapa/Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

Patrulhamento sobre patinete

Quem circulou pela avenida Paulista durante a terça-feira (05) pôde notar a presença de alguns policiais militares utilizando patinetes elétricos. Dois equipamentos elétricos e de tecnologia americana (Segways) estão sendo testados para aperfeiçoar o patrulhamento normal da cidade.

Os patinetes atingem 20 km/h e, além de serem mais ágeis, proporcionam mais visibilidade e atendimento mais rápido às ocorrências. "Seriam necessárias nove pessoas para patrulhar a área que um policial com o equipamento alcança", garante o coronel Cerqueira.

Os policiais que testam os patinetes passaram por treinamentos específicos para utilizá-los, seguindo o procedimento pessoal padrão de patrulhamento. Os equipamentos, que tem custo médio de R$ 25 mil, foram cedidos à PM, e serão testados por três meses.

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